Volta|às aulas

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A psicóloga e psicoterapeuta Cleide Romero

Profissional aborda as principais dificuldades de adaptação da criança na escola nas diferentes etapas da vida. Acompanhe.
Começar a vida escolar ou voltar às aulas exige adaptação da criança e de toda a sua família. É o que afirma Cleide Aparecida Romero, psicóloga, psicopedagoga e neuropsicóloga, que atende no bairro da Lapa. 
Cleide diz que os problemas físicos, psicológicos e até psiquiátricos podem aparecer nas mais diferentes fases da vida dos pequenos e que a observação da família e da professor ajuda muito em seu controle ou mesmo solução.
“Uma das principais dificuldades enfrentadas pela criança ao entrar na escola maternal ou na educação infantil é a separação de sua mãe. Muitas delas facilmente se adaptam. Outras, porém (em geral as mais mimadas), sofrem muito, pois na escola têm de aprender a dividir coisas e a interagir com um novo ambiente, amiguinhos e professores. Assim, uma das principais recomendações é trabalhar primeiro as emoções negativas da mãe e da criança e adaptar a rotina (horários de dormir e comer, por exemplo) aos horários da escola”, aconselha.
Para a profissional, a convivência da criança com o ambiente e pessoas diferentes é extremamente positiva. “A educação infantil é a base de tudo. Nessa etapa da vida escolar são trabalhadas a socialização e a motricidade, que é a relação entre a criança, seu próprio corpo e o ambiente, além da linguagem, pois ela necessita se expressar com a fala para obter o que deseja.”
Cleide acrescenta que alguns problemas físicos e emocionais também podem ser observados nessa fase da vida. Como, de forma geral, é na escola que a criança começa a requerer mais a visão, a audição, o tato, a motricidade, reconhecer que ela está tendo dificuldades com alguns desses sentidos é uma tarefa até bastante simples para educadores preparados. “A criança que não enxerga bem, ou não consegue subir escadas, ou não escuta adequadamente, pode ter desde um problema físico até um problema neurológico com diferentes graus. E isso deve ser investigado para ser corrigido”, ensina.
Já na fase de alfabetização, podem ser detectados outros tipos de distúrbios, como déficit de atenção, muito comum hoje em dia. Se isso também não for trabalhado e corrigido adequadamente, tudo se soma e acaba atrapalhando o desenvolvimento de forma geral. 
Na pré-adolescência todas as coisas mal trabalhadas voltam com maior intensidade, assim é preciso prevenir. “Muitas vezes é necessário medicar e tratar com médicos e profissionais de diversas áreas. Outras vezes as coisas se corrigem por si só, com uma boa dose de atenção, afeto e dedicação. Mas é preciso empenho e observação, principalmente dos pais e pessoas próximas”, finaliza Cleide.

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