Uma vida cheia|de felicidade

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Os restaurantes Pé pra Fora, no Sumaré, e Dona Felicidade, na Vila Romana, são queridinhos dos amantes de uma boa comida. E, quem está por trás dessa apetitosa história é Felicidade Conceição Bastos, a Dona Felicidade. “Eu comecei a fazer comida por necessidade, fazer para a casa. Casei, tive filhos, o marido… tem que fazer né?”, diz ela.
Portuguesa e hoje com 85 anos, esta senhora é pura animação. Tem cinco filhos e sete netos. O marido trabalhava com restaurante e o casal sempre quis ter o seu. Começaram com uma mercearia em que faziam alguns pratos e petiscos. Depois, mudaram-se para o Sumaré, onde abriram outra mercearia. Algum tempo depois, chegou a vez do espaço onde hoje fica o Pé pra Fora, que começou como uma mercearia chamada Novo Sumarezinho.
“Começamos a fazer uns bolinhos de bacalhau, uns pasteizinhos para a tarde. Tinha uma turma boa que ia lá comer aperitivos. Comecei a fazer um arrozinho, feijão, batata frita, um picadinho. Era no balcão mesmo, nem tinha mesa. Depois que começamos a pôr mesas lá. E foi assim que cresceu”, ela relembra.
Alguns anos se passaram e ela vendeu o Pé pra Fora e abriu um novo restaurante, mas não tinha ideia de que nome colocar, que acabou levando seu nome. “Quem inventou isso foi o Mário Prata. Ele não saía de lá. E ficou. Nunca pensei que fosse fazer sucesso desse jeito”. Já são 14 anos na Vila Romana.
Ela está no restaurante todos os dias. E, quando não aparece, os clientes sentem sua falta. “Todo mundo me cumprimenta, me beija, abraça. Minha clientela não vêm aqui para comer e ir embora. Eles vêm, conversam comigo, eu sento nas mesas. É muito carinho que eles têm por mim e eu por eles. Quando eu não estou, dizem que se eu não estou aqui não tem graça”.
Todo esse sucesso foi premiado com o título de Personalidade Gastronômica na premiação da Veja Comer e Beber de 2010. “Não esperava mesmo uma coisa dessa, foi um presente de aniversário para mim. Foi muito bonito, todo mundo veio me cumprimentar. Fui a última a ser chamada”.
Dona Felicidade já não cozinha tanto, pois diz que agora tem uma equipe em que pode confiar e que a deixa tranquila. Mas sabe que seu tempero fez muito sucesso e é inesquecível. “Tudo o que a gente fazia é bom. Trabalhando com carinho, amor, o pessoal sempre elogia”.

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