Diferenças que unem

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Projeto com um ano de vida cria eventos na região e promove a inclusão de pessoas com e sem deficiência aparente, destacando seus pontos positivos e suas potencialidades.

Quando Lucca Ferri Ferretti veio ao mundo, em janeiro de 2013, sua mãe, Fabiane Ferri Ferretti, descobriu que seu primeiro filho havia nascido com síndrome de Down. O choque se misturou a um amor imensurável e acabou resultando em um projeto que visa incluir e desdramatizar essa e outras deficiências. “O projeto começou a ser delineado quando fui convidada pela mãe do Dudu Cavaco, que é o primeiro cavaquista com Down do mundo, a promover em São Paulo a agenda e calendário do Mano Down (outro projeto inclusivo de Minas Gerais). Essa agenda tinha um custo para os participantes, porque os produtos (agenda e calendário), eram caros. Quando comecei a divulgar, procurando participantes, me deparei com um cenário que eu não imaginava: muitas mães carentes, sem condições mesmo… Eu havia sido convidada para tocar o projeto, que era só o calendário e a agenda, era só isso, mas a impossibilidade de arcar com os custos daquelas mães começou a me incomodar tanto que comecei a buscar possibilidades. Criei então os projetos ‘Amigos da Inclusão’ e o ‘Adote um Modelo Down’ para que as pessoas participassem da agenda. Muitos amigos me ajudaram e eu senti que não deveria ficar só nisso, eu tinha de me movimentar mais”, conta.

Fabiane continua dizendo que, como já havia dado impulso naquelas ações, formatou um evento maior chamado “Diferentes Somos Todos”, com o objetivo de mostrar que as pessoas com deficiência tinham grandes potencialidades. Esse evento aconteceu no Tendal da Lapa no ano passado, com diferentes ações e um público considerável. “Foi dessa forma que o projeto IDown nasceu, exatamente há um ano (maio de 2015), para tirar o foco da deficiência e direcionar a atenção para a potencialidade das pessoas – não é porque tem deficiência que não tem potencialidade. A ideia é desdramatizar… essa ideia de coitadinho não cola mais, afinal, toda pessoa tem um potencial a ser explorado”, enfatiza.

Fabiane, que reside na Lapa, diz que o IDown ainda não tem uma sede própria, mas que conta com sua página no Facebook para divulgar informações e iniciativas. “Estou idealizando um novo evento de inclusão, ainda a ser realizado na região, e várias outras ações que visam disseminar informações não só sobre a síndrome de Down, como também de outras deficiências, e ajudar principalmente as mamães mais carentes. Meu sonho futuro é fazer um centro de convivência para ter musicalização e outras terapias. Por enquanto penso nessas ações e em estabelecer parcerias com clínicas e terapeutas que adotarem a causa”, finaliza. (ND)

IDown

Tel. 99761-6459

https://www.facebook.com/IDown-828499747238053/info/?tab=page_info

Fotos: Tiago Gonçalves

 

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