Meninas, cuidem-se!

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A partir de 10 de março, a rede pública começa a oferecer a vacina contra o HPV, causador de câncer de colo de útero.

Sabe-se que, para o desenvolvimento do câncer do colo do útero, a condição necessária é a presença da infecção pelo papilomavírus humano, o HPV. Atualmente, são encontrados cerca de 100 tipos virais, sendo que aproximadamente 40 deles infectam células do trato genital.

A médica ginecologista Mariana Gamba explica que “a principal forma de transmissão do HPV é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Assim, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal”.

“A maioria das infecções por HPV é assintomática ou não aparente. Tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas. Habitualmente, as infecções pelo HPV se apresentam como lesões microscópicas ou não produzem lesões, o que chamamos de infecção latente”, informa a médica. Estima-se que somente cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HPV desenvolverão alguma forma de manifestação.

O vírus HPV é o fator primordial para o aparecimento do câncer de colo de útero – o tabagismo, início da atividade sexual precoce e promiscuidade também são fatores de risco. O câncer de colo de útero é o terceiro tipo mais frequente no Brasil.

A partir de 10 de março, a vacina passa a ser oferecida gratuitamente nos postos de saúde somente para o público feminino. “A vacina será dada pelo governo para as meninas de 11 a 13 anos, porém elas podem ser aplicadas em todas as mulheres e homens dos 9 aos 26 anos”, ressalta a médica. De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, a meta é vacinar 80% do público-alvo, com 5,2 milhões de meninas.

Dois tipos da vacina foram aprovados para comercialização no Brasil e protegem contra dois ou quatro subtipos do vírus. A Dra. Mariana explica: “Os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais, e os de número 16 e 18, presentes em 90% dos casos de câncer de colo uterino”. Ela deixa claro que as vacinas não protegem contra todos os subtipos do HPV. É importante ressaltar que “o exame preventivo deve continuar a ser feito mesmo em mulheres vacinadas”.

A prevenção é o melhor jeito para eliminar a população feminina e também masculina dos fatores de risco. O uso de contraceptivos, medidas de higiene, aumento do nível educacional, melhoria das condições socioeconômicas também são fatores positivos importantes de alerta. O papanicolau é o exame mais importante para a prevenção e pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública. “Esse exame é indolor, simples e rápido. Pode, no máximo, causar um pequeno desconforto que diminui se a mulher conseguir relaxar e se o exame for realizado com boa técnica”, explica a Dra. Mariana. 

Dra. Mariana Gamba
Rua Roma, 620, 17º and., sala 172B
Telefone 3641-3636

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