Como toda criança

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Camila Callijurio Psicopedagoga

Comportamento rebelde do filho pode ser uma indicação de que o problema não está com ele, mas com os outros.

A criança tem entre seis e sete anos de idade. Não para quieta, mexe em tudo, quer ter várias coisas e é possessiva em relação ao que lhe pertence, não aceita um não, não respeita o professor e tem problemas de aprendizagem. É uma criança hiperativa e, portanto, problemática? Não necessariamente. Ela pode estar apenas exercendo um comportamento comum a todas as crianças nessa faixa etária, em que a curiosidade e o senso crítico aparecem e os porquês se acentuam. “Eu não diria que é a pré–adolescência, mas uma transição para uma vida mais independente, como se arrumar sozinha. É também quando ela começa a perceber que para cada ato há uma consequência”, explica a psicopedagoga Camila Callijurio.

Formada em pedagogia com pós-graduação em psicopedagogia, Camila trabalhou por um longo tempo em escolas públicas, particulares e de educação especial – do berçário à sétima série –, e atualmente se dedica a melhorar a convivência desses “seres” com a sociedade. “Quando eu trabalhava em escolas, percebia uma defasagem na relação entre pais, professores e alunos”. Nessa linha de pensamento, é no exterior da criança que Camila encontra a chave do problema. “O que eu tenho acompanhado é que o problema mais comum é a falta de firmeza dos pais e a dificuldade em dizer não”. Quando uma mãe chega ao seu consultório reclamando que tem dificuldade para educar o filho, a psicopedagoga já deixa claro que a participação da família é fundamental para que o resultado seja positivo. 

O trabalho se inicia com a visita de Camila a casa e à escola onde a criança frequenta. “Às vezes o problema não está com a criança, mas com a família”. A profissional conta que ainda encontra certa resistência dos responsáveis pela escola em dar informações sobre o aluno ou de aceitar sugestões que ela passa quando o diagnóstico é feito. “Meu objetivo não é interferir no programa pedagógico ou na estrutura da escola, mas resolver o problema da criança envolvendo todos que dizem respeito ao seu mundo”. Na sua experiência com crianças especiais, Camila cita o exemplo de um garoto, então com seis anos, que não comia sozinho e nem ficava em pé. Por meio de trabalhos de psicomotricidade e pedagógicos, o menino foi estimulado e aos poucos construiu sua independência. “Esse é o verdadeiro trabalho de inclusão”, aponta. Camila atende por hora e diz que o ideal é que a frequência dos trabalhos seja de, no mínimo, duas vezes por semana, claro que dependendo do caso.

Camila Callijurio Psicopedagoga
Rua São José da Barra, 50
Telefone 9-8100-8827
De segunda a sexta, das 10 às 18h
www.cacalli.com

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