A corrida de um carteiro

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Barros entre suas medalhas

Simpático e falante, o carteiro Antonio Barros Bastos faz de seu dia-a-dia de entrega de cartas e correspondências sua preparação para as corridas que participa e que lhe renderam inúmeras medalhas e troféus.
Baiano de Santa Inês, cidade que ele deixou ao quatro anos, Barros, como é conhecido no Centro de Triagem dos Correios da Rua Hassib Mofarrej, na Vila Leopoldina, onde trabalha há 17 anos e é famoso pelas conquistas nas várias corridas que participou. São suas boa parte das medalhas e troféus que ocupam uma estante na entrada do CTC.
Hoje aos 55 anos, Bastos é corredor da categoria veterano B. “Devo ter mais de 60 troféus e medalhas que ganhei nas provas que participei até agora”. Um bom número delas é referente ao primeiro lugar, é bom que se diga.
Iniciou na corrida graças ao irmão José, que é atleta veterano do Clube Lapeaninho. “Ele me incentivou a correr e sempre me deu muita força”. Hoje, Bastos integra a equipe de atletas que os Correios mantêm e dá apoio.
Bastos participou de diversas provas aqui no Brasil. Em Brasília, ele venceu por seis vezes a prova de 10 km. Na São Silvestre de 2010, foi o segundo colocado em sua categoria e o primeiro dos 40 colegas dos Correios que também participaram da tradicional prova de rua da cidade.
Especialista em provas de média e longa distância (maratonas), esteve correndo fora do Brasil. Participou de corridas em Santiago (Chile), Montevideo (Uruguai), Assunção (Paraguai), onde venceu na sua categoria no ano passado, e neste ano esteve correndo em Lima (Peru).
Morador no Jardim Tupã, em Barueri, Bastos faz questão de ressaltar o apoio que recebe dos colegas dos Correios que sempre o incentivam. Antes de ser carteiro, ele lembra que teve outras funções do tipo “eiro”: porteiro, faxineiro, mas fala de seu passado com orgulho, sem lamentações. É pai de um casal de filhos e avô de uma neta, seu orgulho.
Quando sai entregando as cartas pelas Ruas Baumann, Potsdam e outras da Vila Leopoldina, Bastos além de fazer a entrega das correspondências em ritmo acelerado também faz o trabalho cantando músicas, principalmente de Roberto Carlos. “Canto de outros cantores, mas do Rei que eu gosto mais”.
Além dass corridas, ele planeja  cursar gestão ambiental e aprender inglês e espanhol “para poder me comunicar e me entender com o pessoal lá fora”, diz rapidamente o nosso simpático carteiro-corredor da Vila Leopoldina.

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