A experiência na arte

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Diz o ditado que nunca é tarde demais para se começar algo, não é? E a terceira idade é prova de que, quando se quer alguma coisa, é só ir atrás que não há limite de idade que te impeça. Hoje eles já estão com seus celulares sempre em punho, conectados no mundo digital, viajando e muito mais. Alguns até resolvem se aventurar pela sétima arte, onde encontram a paixão pela atuação e não param mais.
O Projeto Só com Experiência do Núcleo de Artes Cênicas da Estação Ciência surgiu em 2007 e reúne atores iniciantes ou com experiência. O requisito para entrar é só um: tem que ter mais de 60 anos. “Minha proposta inicial é com relação ao teatro mesmo, de possibilitar o acesso dessa população que tem dificuldade de ter acesso a essa arte. Com os exercícios corporais que eu trabalho muito com eles, eles acabam tendo mais consciência de seus movimentos e acabam com algumas tensões no corpo”, explica o coordenador do núcleo Cauê Mattos, ator e diretor de teatro com muitos anos de experiência.
O grupo permanente, para quem já possui experiência, se reúne às quartas-feiras. As terças e quintas-feiras são reservadas para os novatos. “A Estação Ciência oferece várias atividades para diversos segmentos, mas não tínhamos esse trabalho voltado para a terceira idade. Então tivemos a idéia de incluir esse projeto no Núcleo de Artes Cênicas”, diz ele. Seja novato ou experiente, os grupos estão sempre aceitando novas inscrições.
As aulas têm duração de três horas, das 14 às 17h, em que são trabalhados a consciência corporal, jogos de interpretação e leituras. No final de cada ano, eles preparam a montagem de um espetáculo. Ano passado apresentaram Sonho de Uma Noite de Verão, de William Shakespeare, e para este ano já têm programado a peça O Noviço, de Martins Pena.
Quem quiser participar do projeto é só comparecer à Estação Ciência e procurar pelo Cauê, ou então ligar para o número 3871-6759 ou enviar e-mail para caue@eciencia.usp.br. E vale lembrar que as aulas não têm custo. Cauê conta que os alunos gostam tanto que não querem mais sair. “Depois que se formam, eles acabam sendo monitores das novas turmas”, ele comemora.

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