Música e arte na Casa Gramo

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Espaço voltado para a experimentação e centro cultural independente está aberto para  manifestações culturais.

Os irmãos Antunes – Paulo, Flávia e Beto – tinham o sonho de morar em uma casa que também pudesse oferecer apresentações de arte – música, literatura, cinema, artes plásticas, fotografia. “Por uma série de adventos, Paulo e Flávia deixaram o projeto”, explica Beto Antunes, que concretizou o projeto multicultural.

A criação da Casa Gramo, “foi graças a uma campanha de financiamento coletivo, finalizada em fevereiro deste ano e que teve a participação de mais de 50 artistas, oficineiros e apoio de vizinhos, que ajudaram na construção da sala de apresentação com madeira de paletes reciclados”, conta Beto, formado em Administração e que cursa história na USP. Ele é criador e menestrel do Multifacetado Sarau e cocriador do Sarau Brasa Gramo.

As salas e quartos da casa de esquina entre as ruas Aurélia com Bento de Abreu, na Vila Romana, foram transformadas em estúdio, palco, sala de exposição, que recentemente apresentou as mostra fotográfica de Klaus Schramm e de Priscila Farias.

Gerson Azevedo
Beto, da Casa Gramo (foto/Gerson Azevedo)

“Não é uma casa de shows” esclarece Beto, “mas sim um espaço onde vários tipos de arte acontecem”, avisa. O espaço se mantem com a colaboração dos artistas e pessoas que usam a casa para seus estudos ou ensaios. No dia 15 de outubro, às 19h, tem apresentação musical de Rômulo Fróes, Ná Ozetti e Passo Torto.

Cavalo Marinho. O grupo de estudos Boi da Garoa, criado em 2010, formado por jovens que pesquisam e brincam o Cavalo Marinho pernambucano, folguedo cênico brasileiro, típico da zona da Mata de Pernambuco, que se mantém vivo graças à tradição oral de mestres daquela região e que promovem  um intercâmbio com o Boi da Garoa.

Depois de passar por outros endereços, entre eles o Tendal da Lapa, o Boi da Garoa foi acolhido pela Casa Gramo. As eventuais apresentações do grupo acontecem principalmente na época do Natal e do Dia de Reis. A rabeca, o pandeiro, o reco-reco e o chocalho marcam a brincadeira de ritmo frenético e envolvente. O folguedo tem um vocabulário próprio: personagem é figura, dança é trupe, música é toada, apresentação é brincadeira, banda de música é banco, poesia é loa e ator é figureiro. Aberto para quem quiser participar ou assistir, o grupo ensaia às segundas-feiras, das 19 às 21h.

Casa Gramo e Cavalo Marinho, Rua Aurélia, 1.414, Vila Romana, www.facebook.com/casagramo, www.facebook.com/boidagaroa

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