O método terapêutico criado pelo médico alemão Samuel Hahnemann (1755-1843), a homeopatia, trata das doenças com doses infinitesimais de matérias-primas de origem animal, vegetal ou mineral e sem uso de químicas. O Dr. Paulo Montes Huvos, médico pediatra e homeopata há 23 anos, com clínica na Vila Leopoldina, explica o que é a homeopatia e como funciona.
“Para a homeopatia, o importante é o paciente, não a doença”, diz. Segundo ele, é possível tratar qualquer patologia através da homeopatia e a exceção fica por conta dos casos cirúrgicos, “Mas no pré e pós-operatório a homeopatia funciona muito bem”.
A alopatia e a homeopatia são duas vertentes terapêuticas que vêm desde os tempos de Hipócrates (460 a.C.-357 a.C.). De uma forma simplificada, a alopatia trata da doença pelo que ela tem de contrária; enquanto que a homeopatia trata a mesma patologia pela semelhança, que busca a cura natural do organismo.
O médico dá como exemplo a febre. “Na maioria das vezes, é sinal de uma infecção no corpo e mostra que o organismo está reagindo e combatendo de forma natural a doença”. Neste caso, os medicamentos homeopáticos atuam no sentido de acelerar o combate à doença.
O Dr. Paulo conheceu a homeopatia por conta da filha Tatiane (hoje, enfermeira de saúde pública que vive em Bocaina, SP), que segundo ele tinha várias ‘ites’: sinusite, bronquite e outras doenças. Ela passou por vários especialistas do Hospital do Servidor Público de São Paulo e continuava com os problemas. Ele consultou um homeopata da Lapa, Dr. Walter Linhares, de quem era amigo do filho no tempo de colégio. “Ele receitou medicamentos homeopáticos para minha filha que tiveram um ótimo resultado”. A partir dessa experiência, Dr. Paulo decidiu conhecer melhor a homeopatia e fez o curso na Associação Paulista de Homeopatia durante três anos.
Ele lembra que não é uma especialidade da medicina e sim uma maneira distinta de tratar as doenças. Também diz que não pode haver radicalismos. “se for preciso receitar um antibiótico, eu receito sem problema. O médico tem de ter bom senso”.
Embora a maioria dos seus pacientes sejam crianças, ele atende pacientes de qualquer idade e com qualquer patologia. “O corpo deve ser entendido como uma máquina complexa que está toda interligada”. (GA)