Os famosos três Rs – reciclar, reutilizar, reduzir – estão na moda e no comportamento de muitos que se preocupa com o meio ambiente. E uma empresa aqui da Lapa, a Studio Tetra, transforma caixas da Tetra Pack (longa vida) em bolsas, carteiras, almofadas e outros objetos úteis e com design moderno.
Jorge Constantino é cenógrafo e também o idealizador da empresa e dos produtos fabricados por ele. Ele conta que tudo começou quando ele estava em viagem a Portugal.
Teve uma folga e para passar o tempo resolveu fazer umas experiências utilizando as caixas da Tetra Pak que tinha à disposição. Entre algumas coisa que criou, surgiu uma bolsa e graças ao conhecimento de costura de uma oficina de malhas que foi dono, percebeu que poderia evoluir mais. Voltando ao Brasil, retomou o projeto e logo depois inaugurou a empresa.
Inicialmente a empresa funcionou na zona norte. A mudança para a Lapa aconteceu meio por acaso. “Minha namorada morava aqui na Vila Ipojuca e um dia, passando em frente deste imóvel, vi que ele estava para alugar. Conversei com a imobiliária e depois de uma boa reforma e pintura geral, me mudei para cá”, conta ele.
As bolsas que ele produz já estão fazendo um sucesso. Elas podem ser encontradas na rede de supermercados Mambo e por lojas da cidade e feiras que participa, como a Expo Mercado do Beco, na Vila Madalena.
As bolsas, além de práticas e bem acabadas, servem para levar as compras do mercado, na praia no clube ou no dia a dia, como muita gente faz. Tem quatro tamanhos e são apresentadas com as marcas das embalagens originais ou com o lado prateado na parte externa.
Empresas como a suíça Givaudan, que produz essências para indústria química e de perfume, encomendaram suas bolsas para servir de brinde de final de ano. A empresa convocou seus colaboradores a juntar as embalagens Tetra Pak. “Para cada bolsa, são necessárias de 9 a 12 caixas de longa vida”, revela.
Para conseguir a quantidade necessária para a produção, Jorge busca as caixas em condomínios pela região. Depois de lavadas, as melhores se transformam em bolsas. Ele não deixa de citar que a vizinhança também colabora deixando na empresa suas caixinhas.