De uma casa antiga que ocupava apenas a parte da frente de um terreno de 350 m de profundidade encravado em uma curva da Rua Tonelero, iniciou-se o projeto de construir no local um espaço multifuncional seguindo o conceito da sustentabilidade. Na pequena casa montou-se o café e a partir dessa construção, respeitando a vegetação nativa do terreno, surgiram outros espaços e salas especiais de terapias, jantares reservados, orientação alimentar e encontros para evoluir a consciência pessoal e espiritual.
Dirigida pelas professoras de culinária natural, Claudia Mattos e Paulinha Junqueira, a cozinha do Zym não usa carne e oferece pratos saborosos feitos com ingredientes naturais, cujos produtos são fornecidos por pequenos agricultores que mantêm uma produção livre de agrotóxicos.
Na opinião da Claudia, que recebeu o Guia Daqui para essa entrevista, é importante garantir a permanência do pequeno agricultor na terra e melhorar as condições de vida desse trabalhador, referindo-se à diferença de preço entre produtor e distribuidor. “O alho-poró do fornecedor que é cultivado nos preceitos orgânicos custa 1 real, enquanto o produto comprado na cidade custa 3 reais. “Tem que apoiar o cara que está na terra, plantando com responsabilidade”, enfatiza.
Pizzas orgânicas, empanadas indianas, tortinhas, kibes, sucos de frutas nativas, delícias feitas com o carinho e uma cuidadosa escolha dos ingredientes, garante a chef, fazem o sucesso do cardápio que varia a cada semana. Uvaia, amora, pitanga, cambuci e mangaba são algumas das frutas nativas usadas para os sucos. Macarrão de banana verde complementa os artigos que fogem do convencional.
No Zym, cujo nome é uma brincadeira com a palavra zen, a sustentabilidade é praticada no espaço com muita liberdade. Visitar o local é como estar em paz consigo mesmo.