E o corpo reage bem

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E o corpo reage bem

A primeira experiência prática que a microfisioterapeuta Rejanne Nascimento Silveira teve foi com uma dançarina de tango. Ela sofria com dor por causa de uma inflamação no calcanhar. Segundo conta Rejanne, ela já tinha feito inúmeras sessões de fisioterapia, entre outros tratamentos alternativos; alguns médicos já tinham até indicado cirurgia. Ela decidiu tentar uma sessão de microfisioterapia. Após quinze dias, a dor foi embora e nunca mais voltou. Não foi milagre. O que ela fez foi identificar, por meio de mapas do corpo, a origem do problema. “Primeiro de uma forma global e depois de uma forma específica, buscamos o que desencadeou a dor. Encontrando a causa, trabalhamos fazendo apalpamento nos pontos mapeados”, detalha.

A microfisioterapia é uma técnica criada na França, em 1983, pelos fisioterapeutas Patrice Benini e Daniel Brongian. Em estudos realizados por meio da embriologia, quando o feto está sendo formado, eles identificaram que o mesmo grupo de células que formam o cérebro, por exemplo, formam também o intestino. Com essas informações criaram um mapa corporal – equivalente ao da medicina oriental – e a técnica do apalpamento para tratar um sintoma ou uma doença no ponto de origem. Foram 15 anos de testes e estudos. “O microfisioterapeuta não cura a pessoa, é o corpo dela sozinho que se cura. Nós detectamos o caminho da cura, desbloqueamos os pontos específicos para o corpo encontrar seu reequilíbrio e eliminar as células ruins, os antígenos e começar a reagir contra aquela doença”.

É bom ressaltar que a técnica é complementar ao tratamento convencional e não elimina o uso de remédios prescritos pelo médico. No Brasil, a microfisioterapia foi implementada há doze anos e há apenas 45 profissionais na Grande São Paulo habilitados. Nas regiões da Leopoldina e Alto da Lapa, Rejanne é a única com especialização do assunto. Ela é fisioterapeuta e fez pós-graduação na Escola de Terapias Manuais e Posturais Afonso Salgado. De acordo com ela, apenas médicos e fisioterapeutas podem aplicar a técnica. Rejanne faz atendimento domiciliar e em clínicas e diz que não é necessário fazer várias sessões no tratamento. “A orientação é que a pessoa faça uma sessão a cada 45 dias, tempo relativo que o corpo começa a reagir. Pode até fazer a segunda, mas não há necessidade de fazer mais que isso”.

A microfisioterapia não tem contraindicação e pode ser adotada por gestantes ou crianças hiperativas. “É também muito indicada para quem tem problemas de depressão, fobias, fibromialgia, alergias, insônia, doenças autoimune”. 

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