Romantismo nas ondas do rádio

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Neide Oliveira e Michel Teló, nos estúdios da Rádio Gazeta FM

A jornalista e escritora Neide Oliveira tem a carreira profissional em sintonia com o rádio que inclui entrevistas e textos de amor inspirados nos ouvintes.

Moradora da Vila Leopoldina desde quando trocou Lins por São Paulo. Aqui, morou em endereços bem conhecidos: ruas Nanuque, Hayden e Carlos Weber. “Quando cheguei à Leopoldina, só tinham casas e eu brincava direto na rua, sem nenhum problema. Hoje, o bairro mudou, verticalizou, mas continua sendo atraente. Caminho no Pelezão e faço minhas compras pelo bairro. Entre os endereços da região, destaco o restaurante Maria Lima e o Bar Atol”.

Neide e Paula Fernandes
Paula Fernandes e Neide Oliveira

Cursou as Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAM), com especialização em rádio jornalismo. Na carreira passou por redações, fez assessoria de imprensa para a Secretaria de Esportes de São Paulo e teve a oportunidade de fazer fez algumas viagens internacionais acompanhando delegações e equipes esportivas.

Chegou, em 1994, à Rádio Gazeta FM (88,1), uma das emissoras da Fundação Cásper Líbero. Foi setorista de política, “acompanhei o Fernando Henrique Cardoso quando foi eleito presidente da república. Sou baixinha e por conta do meu tamanho, passei alguns apuros com os colegas de profissão. Tive que disputar o espaço para fazer o meu trabalho”, lembra com humor os “micos” das coberturas. Foi setorista de futebol, “cobria a Portuguesa quando o clube era um dos principais do futebol paulista”, recorda.

Neide e Anitta

Outros desafios surgiram e Neide passou a escrever e produzir para os programas ‘São Paulo à Noite’ e ‘Ligação Saudade’, da Gazeta. Desde 2016 produz e escreve para o programa “Bastidores da Madrugada”, que vai ao ar nas madrugadas de sábado, das 3 às 6h.

Neide Oliveira Gazeta06-TGA fonte de inspiração para seus textos vêm dos ouvintes que contam, através de cartas, e-mails e mensagens, suas histórias e pedem músicas românticas.

Neide também apresenta o quadro “Bastidores com Neide Oliveira”, espaço dentro do programa ‘Mulheres’, da TV Gazeta, apresentado por Regina Volpato. Aqui, Neide entrevista vários artistas. Muitos estão na programação da Rádio Gazeta. Os vídeos podem ser acessado s no YouTube. “É um programa onde converso com os artistas de uma maneira descontraída. Eles falam de suas carreiras, novidades e história de vida”. Entre eles, Claudia Leite, Anitta, Eduardo Costa, Paula Fernandes, Mumuzinho, Luan Santana, Thiaguinho, Bruno e Barreto.

Esse trabalho fundamental para a divulgação dos artistas, tornou Neide uma referência para artistas renomados e os que estão chegando ao concorrido mercado da música.

Ela não se limita às entrevistas de estúdio. Declara que “Gosto de ir aos shows dos artistas, mas quando vou, faço questão de ficar na plateia curtindo a música, como espectadora. Evito ir aos camarins. Vou para me divertir!”, e não sabe dizer quantos shows assistiu.

Para a jornalista e radialista, a música sertaneja, axé, pagode e outros ritmos mais populares encontram uma grande repercussão entre o público por “tratarem de temas que o público quer ouvir. Os shows desses artistas tem produção  grandiosa e profissional. Não é uma onda. Eles vieram para ficar. A concorrência entre eles é muito grande neste segmento da música brasileira”, afirma.

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O livro “São Paulo à Noite”, de Neide Oliveira

Cerca de 100 textos do programa ‘São Paulo à Noite” selecionados por Neide se transformaram no livro que ganhou o mesmo nome do programa que ela produz. São textos curtos e sensíveis. Neide fala de amor, perdão, paixão, declarações apaixonadas. “Editei o livro para presentear os ouvintes da rádio. Muitos pediam cópias dos textos que foram para o ar”. Beto Rivera, superintendente da Gazeta FM destaca que o livro “é dirigido aos sobreviventes do ‘estamos ficando’, ou seja, aos românticos e apaixonados, ouvintes dos programas ‘São Paulo à Noite’ e ‘Ligação Saudade’”.

O romantismo ainda existe? Para Neide, “ele nunca deixou de existir. Ele está nas músicas, nos relacionamentos, na vida”. Lembra, por exemplo, “quando foi ao ar, anos atrás, a primeira mensagem de amor de um casal homossexual. Fiquei apreensiva com a repercussão dos ouvintes. Mas ninguém criticou ou reclamou”. (GA)

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