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Quem passa no cruzamento das ruas Mercedes com Brigadeiro Gavião Peixoto, na Lapa, não deixa de notar o Marco da Paz que ali foi inaugurado em outubro de 2003. Esse foi o segundo (o primeiro foi inaugurado no Pátio do Colégio no ano 2000) dos atuais 15 Marcos da Paz que estão espalhados pelo Brasil e pelo mundo.
Segundo Luigi, “o Marco da Paz é um monumento único no gênero, lembrando aos homens dos cinco continentes a necessidade da manutenção da paz à atual geração e às novas gerações a promessa de um mundo melhor”.
O italiano Luigi tinha oito anos quando os sinos das igrejas de Orsomarso, cidade da província de Cosenza, no sul da Itália, anunciaram o final do conflito que matou mais de 50 milhões de pessoas. Naquela época, lembra que desejou fazer alguma coisa para evitar um novo conflito. Quando, em 1999, trabalhando na sede da Associação Comercial de São Paulo, propôs à diretoria o patrocínio de um sino para a capela do Pátio do Colégio, ele se lembrou da infância e daí surgiu a ideia de construir um marco para difundir a paz.
Luigi está no Brasil desde 1960. Aqui e sempre morando na região da Lapa, foi professor de música, alfaiate como o pai e comerciante e “desde sempre me preocupando e lutando pelo fortalecimento do comércio do bairro através da ACSP, além das amizades que conquistei nesses anos”. Hoje ele é Assessor Especial da Presidência da ACSP.
Quando idealizou o Marco da Paz, Luigi pediu ao escultor e também lapeano Bruno Angelo Faccio para fazer o primeiro projeto. Mas ele cita outros parceiros que tornaram sua ideia realidade, como Douglas Formaglio, Pedro Brondi e a própria ACSP.
Agora, Luigi segue para a Itália onde terá audiência com o Papa e fará a entrega de uma réplica do Marco, depois segue para sua Orsomarso. E promete que outros virão.
