Mais do que um fã de HQ

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Paixão por Carl Barks, criador do Tio Patinhas

Morador da Vila Leopoldina desde 2010, Marcelo Alencar, além de ser um aficionado em histórias em quadrinhos, fez disso sua profissão. Há mais de 21 anos é ele quem traduz para o português as histórias do Tio Patinhas, publicadas pela Abril.

Nascido em Jacutinga, cidade do sul de Minas Gerais, antes de chegar a São Paulo morou em Ribeirão Preto e Jundiaí. A paixão pelos gibis, principalmente Disney, vem da infância e isso o levou a descobrir que tinha jeito para desenhar. Aos 16 anos, levou seus desenhos para avaliação em um jornal de Jundiaí e foi contratado na hora.

Fã de Disney, tem por desenhistas como Ziraldo e os chargistas da turma do jornal O Pasquim (Jaguar, Reinaldo, Claudius e outros) uma grande admiração. Se formou em jornalismo pela FIAM (Faculdades Integradas Alcântara Machado) e, entre outros trabalhos, fez caricaturas para a seção que Amaury Jr. tinha no Diário Popular. Conta que deixou de ser chargista “porque o dinheiro era muito pouco”.

Em 1988, aprovado no Curso de Jornalismo da Abril, passou a trabalhar como editor de quadrinhos, onde ficou nove anos. “Foi uma época em que a minha admiração pelos quadrinhos da Disney só cresceu”.

O interesse pelos quadrinhos o levou a formar uma grande biblioteca com literatura sobre os mais variados autores e personagens. Esse conhecimento rendeu um convite para assinar uma coluna no Estadão sobre quadrinhos. Ele também participa da organização do prêmio HQ Mix, voltado aos quadrinhos, e que comemora 25 anos este ano.

O atrapalhado Peninha é seu personagem predileto, “e se parece comigo”, acha ele. Asterix e outros quadrinhos acabaram virando coleção. Várias delas ocupam suas estantes em seu apartamento e algumas estão fora. “É tanta coisa que falta lugar”.

Entre os desenhistas preferidos está Carl Barks, morto aos 99 anos, criador do Tio Patinhas e de outros personagens Disney. “Ele é o autor mais lido da Disney e como sempre fez o trabalho anonimamente, pouca gente o conhece”, conta. “Tenho tudo dele”, diz Marcelo que pretende um dia escrever um livro sobre o desenhista, entre os mais de 300 bonecos dos personagens Disney e dos Simpson que decoram seu estúdio.

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