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Uma das bandas mais antigas do Brasil, a Corporação Musical Operária da Lapa, criada em 7 de setembro de 1881 acaba de comemorar 130 anos.
A determinação e o amor pela música por seus atuais 25 músicos é uma prova de resistência musical. Apesar das dificuldades, a falta de dinheiro e patrocínio, “mesmo assim, seguimos em frente”, diz Nestor Avelino Pinheiro, trompetista e integrante da banda há uma década e seu atual regente.
Começou como Lira da Lapa e depois, com o passar do tempo, mudou de nome algumas vezes. Na mudança da sede para a Rua Catão, era chamada de Banda dos Ferroviários, já que muito dos integrantes eram ferroviários.
Desde 1914 a banda tem sua sede, doada por Nicola Festa, na Rua Joaquim Machado, onde acontecem os ensaios. É um pequeno espaço e tem um sofá e cadeiras para quem quiser assistir. “Todos são bem-vindos”, diz o regente.
Tem na atual formação 22 homens e três mulheres. Arnaldo (tuba) com 74 anos é o integrante mais idoso. E Vítor (trompete) com seus 12 anos de vida, o mais jovem.
Em busca de promover uma renovação, nas tardes de quinta-feira, das 17 às 19h a banda oferece um curso de música ao custo de 30 reais mensais. “A ideia é formar novos músicos para a banda. Basta que o aluno tenha o seu próprio instrumento”, avisa Nestor que além de regente é também professor de música.
Para se manter, a Banda faz apresentações em eventos. Por aqui, tocaram no aniversário do bairro, dia 12 de outubro. “A apresentação foi no Mercado da Lapa por causa da chuva”, informa Nestor que lamenta serem raros os convites para se apresentar pela região. “Gostaríamos de tocar mais aqui no bairro, mas os convites são poucos”.
Mesmo com as dificuldades, eles prometem manter a banda ativa e não deixar a música desafinar.
