A gravidez é um período de descobertas, a barriga começa a crescer, o corpo se transforma… enfim. Mas uma das descobertas mais aguardadas nos nove meses é conhecer o rostinho da criança. E graças à tecnologia, hoje é possível vê-lo antes mesmo de ele sair do útero com a ultrassonografia 3D e 4D.
Os ginecologistas e obstetras Rômulo Negrini e Leonardo S. Valladão de Freitas, mestre em ultrassonografia tridimensional, trouxeram essa tecnologia para a Leopoldina.
“O ultrassom 3D começou na década de 1980. Os aparelhos modernos que captam imagem automaticamente em 3D e 4D, foi na metade dos anos 1990 para cá. E o interessante é que agora há uma resolução muito boa nos aparelhos, então comparando o rostinho do bebê depois, quando ele nasceu, as imagens são bem fidedignas. Os pais que fazem acham o resultado bem satisfatório”, o dr. Leonardo explica.
Para entender a diferença, o ultrassom 3D é a imagem estática do rostinho do bebê, enquanto o 4D é a imagem do rostinho ou dos membros em movimento em tempo real. Mas vale ressaltar que ele não substitiu “nem a ultrassonografia morfológica no primeiro trimestre, que é aquela que avalia a translucência nucal para avaliar o risco de Síndrome de Down, e nem substitui a ultrasonografia morfológica que é feita no segundo semestre, com 24 semanas, que é para avaliar se todos os órgãos estão formados”, completa.
A melhor época para se fazer esse tipo de ultrassom é de 28 semanas até o início do oitavo mês, pois é quando o bebê já está mais gordinho e a quantidade de liquido amniótico é o suficiente para conseguir obter a imagem. Antes desse período, o feto ainda está muito magrinho e depois, ele já não se mexe tanto, o que dificulta a obtenção das imagens.
O procedimento é igual à ultrassonografia tradicional. E vale ressaltar que o ultrassom 3D e 4D não tem a finalidade só de se ver o rostinho da criança. “É também um método novo de avaliação na gestação que serve para avaliar quando o bebe tem algum problema na coluna, nos rins, no pulmão, o volume do pulmão, o volume dos órgãos fetais. Então para a parte médica também é muito importante essa avaliação”, diz ele. Mas é claro que, quando as mães, pais e avós vêem pela primeira vez o rostinho, todos ficam encantados. “As mães adoram ver o rostinho do bebê. Elas falam que se pudessem ter um desses em casa, elas teriam”, ele se diverte.