Verão sem otite

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Dra. Sandra: cuidados com o ouvido

“No verão aumenta a umidade, o calor, e a
gente acaba tendo uma maior facilidade de infecção, de entrada de
bactérias no ouvido, elas se proliferam e causam o que a gente chama de
otite externa”, explica a Dra. Sandra Doria Xavier. A otite é uma
inflamação do canal externo do ouvido e causa muita dor.
Outro vilão
para os ouvidos, como aponta a otorrinolaringologista, é o conotonete.
“Há muitos pacientes que usam cotonete e acabam empurrando um pouco de
cera, que é normalmente produzida no ouvido, para dentro, levando
impurezas. Junto com o calor e a umidade, o micro-organismo encontra
meios de se propagar”. Segundo ela, a cera é um mecanismo de defesa
produzido pelo nosso corpo, pois protege o ouvido de micro–organismos
que possam querer entrar. “Não é indicado, ao sair da piscina, usar o
cotonete para secar. Nosso ouvido tem a capacidade de tirar essa cera.
Ao sair da piscina, passe uma toalha para secar o conduto por fora,
pode dar uma batidinha de leve para ajudar, mas não colocar nada lá
dentro”, explica a doutora.
Quanto ao uso de protetores e toucas que cubram as orelhas, ela os indica somente para quem já tenha antecedentes de otite.
E
quem sentir que o ouvido está entupido ou sujo deve procurar um
profissional para fazer a limpeza adequada. “Para limpar o ouvido, eu
pego um aparelho que tem uma luz artificial que foca lá dentro e aí eu
manipulo. E eu estudei o canal do ouvido, sei qual é a anatomia”, ela
diz. A limpeza pode ser feita com cureta ou lavando o local com água,
dependendo da consistência da cera. Não é necessário fazer a limpeza
sempre. “Tem paciente que vem de dois em dois meses, mas porque ele tem
muita cera, e tenho paciente que vem a cada três anos. Depende de
quanto o paciente produz de cera”, conta.
As crianças não devem ser
impedidas de entrar na água por muito tempo. “Se ficar um período
prolongado na água, quando sair, passe a toalha e vire a cabeça para um
lado, para o outro, e pronto, para a água escorrer. Nem adianta pingar
alguma coisa para tirar algo que ficou. Se o ouvindo tem um
funcionamento adequado, ele próprio consegue expelir essa água”, ela
aconselha.

Dra. Sandra Doria Xavier
Otorrinolaringologista
Rua Schilling, 413, conj. 106, Vila Leopoldina
Telefone 3641-2200

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