Jovens de baixa renda e
pessoas com deficiência física normalmente têm dificuldade em conseguir
o primeiro emprego. Mesmo com leis que exijam a contratação de tais
tipos de profissionais, muitas vezes isso não acontece porque eles não
estão capacitados.
O Centro Profissionalizante Rio Branco possui,
desde 2007, cursos para esses futuros profissionais. “O Programa de
Aprendizagem Profissional prepara jovens para cobrir as cotas da Lei do
Aprendiz, que obriga médias e grandes empresas a contratar jovens
assessorados por uma instituição”, explica a coordenadora do Cepro,
Susana Penteado.
No primeiro semestre, os alunos passam por uma
capacitação prévia com aulas teóricas e práticas de informática,
atendimento a cliente, noções administrativas, português, matemática e
atividades comportamentais. “Eles conhecem o que é o mundo do trabalho.
Depois disso, eles são encaminhados para as empresas”, ela conta. As
aulas acontecem no período da tarde.
Nos semestres seguintes, os
aprendizes passam quatro dias na empresa e um na escola, para
atividades teóricas. Susana diz que “essa parte teórica tem atividades
que vão dar suporte para as atividades da empresa”. O jovem pode ficar
empregado como aprendiz na empresa por até dois anos, com a
possibilidade de ser efetivado depois. Durante todo o tempo, o Cepro
faz um monitoramento do desempenho do aluno.
Cerca de 30 empresas já
estão conveniadas com o programa. “Nós atendemos a região oeste, mas
atendemos também empresas de diversos lugares, desde que tenha um bom
deslocamento de transporte coletivo”, ela explica.
Para participar
desse programa, é necessário ter entre 15 e 16 anos, estar no primeiro
ano do Ensino Médio de escola pública, estudar no período da noite, já
que o trabalho nas empresas será durante o dia, e passar pelo processo
seletivo. São 60 vagas por semestre.
Este ano o centro começou a
realizar capacitação de pessoas com deficiência. “Nós damos capacitação
para surdos e pessoas com deficiência física. É um programa semelhante
ao programa de aprendiz em relação ao conteúdo”, diz ela. No entanto,
não há acompanhamento do aluno no trabalho, mas eles encaminham para
muitas empresas.
Para participar dessa capacitação, a idade mínima é
de 16 anos e ter, no mínimo, até a quarta série. São 20 vagas para
surdos e 20 para deficientes físicos. Os candidatos a vaga também
passam por um processo seletivo.
Centro Profissionalizante Rio Branco
Avenida José Maria de Faria, 111, Lapa
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