Dizem que o cabelo é a moldura do rosto. E quem não gosta de cuidar dos cabelos? De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, o Brasil é o terceiro maior mercado consumidor de cosméticos do mundo. E há mais de 3 milhões de cabeleireiros e cerca de 200 mil salões no país.
Mas, para ser cabeleireiro, não basta pegar uma tesoura e sair cortando. Mesmo a profissão não sendo regulamentada, é importante fazer um curso para entender melhor e aprender corretamente a cuidar das madeixas de seus clientes. Os cursos duram cerca de um ano, dependendo da escola. Na região há três, que ensinam desde lavar até coloração.
Na Bessa’s Academia de Cabeleireiros, o curso é dividido em seis módulos – lavar e colocar bob, escova, mechas, relaxamento, maquiagem e corte. “A duração do curso é definida pelo aluno”, explica Wilson Lafaiete Alves Bessa, professor e responsável técnico pela escola. “Nosso objetivo é formar pessoas para serem cabeleireiros aqui ou na China, porque cabelo não tem etnia nem sexo”, diz ele.
Na Escola de Cabeleireiros Julia são ensinados os cursos básico e completo para iniciantes e cabeleireiros unisex. Eles também aplicam cursos de aperfeiçoamento e penteados. Há vários horários e dias para participar. Já a escola Teruya possui cursos de corte, escova, tintura e hidratação, também com variedade de dias e horários.
Em todas as escolas, o preço dos procedimentos é mais em conta, o que atrai muitos clientes. É importante frisar que o aluno só passa para o cliente depois de avaliado e liberado pelos professores.
Esse mercado parece não se abalar com a crise. “Na nossa profissão não existe desemprego. Aqui a gente sempre tem muitas ofertas de emprego em salões”, diz a proprietária da Escola Julia, Giulia G. Dos Santos. E o curso tem retorno rápido. “Com seis meses que a pessoa está aqui, ela já consegue pagar o curso e ainda sobra muito dinheiro. Ela já aprendeu escova, aplicar a coloração e diagnosticar, fazer mecha. E esses são os serviços mais procurados nos salões, além do corte”, explica Wilson.