Neste ano em que se comemora o centenário da imigração japonesa, notamos como a cultura oriental está presente no nosso dia-a-dia. Do esporte a culinária, algumas coisas já se incorporaram ao modo de vida das pessoas. O comércio de produtos orientais, por exemplo, cresce junto com a expansão da Vila Leopoldina e acaba de ganhar mais um espaço, o Emporium Oriental. A loja é um mix de produtos típicos japoneses (alimentos e bazar) mais produtos orgânicos, naturais e fitoterápicos.
A loja, que já tem três unidades na Zona Sul, procurava uma região que estivesse se desenvolvendo e descobriu que a rua Schiling era uma das mais movimentadas do bairro. “Também procurávamos bairros com muitos orientais e, com a proximidade da CEAGESP, vimos que aqui tinha muito potencial”, afirma Ricardo Imamura, gerente do Emporium e sansei (neto de japoneses – seu avô veio para cá na década de 1920). Em dois meses no bairro, Ricardo já tem uma boa clientela: “Vendemos bentô, uma espécie de ‘marmita’ de comida japonesa, com peixe, verdura, legumes, arroz. Tem gente que vem aqui todo dia pra comprar um”, revela.
Na área de alimentos orientais, além dos tradicionais, tem um biscoito com casquinha de biju e uma tira de alga, típico japonês, muito apreciado pelos japoneses mais velhos. “É um alimento que lembra a infância no Japão, por isso os mais velhos gostam dele”, explica Ricardo. Tem também macarrão (udon) importado congelado, bom para fazer sopa.
No bazar é possível encontrar facas próprias para sushi, panela para fazer arroz (não deixa queimar e ainda mantém quente por um longo período), canecas para chá, tigelas e uma infinidade de objetos pra cozinha (raladores, cortadores etc.).
Mesmo sendo tão popular, Ricardo acredita que alguns produtos ainda assustam os ocidentais e necessitam de degustação. “Toda semana colocamos algum produto para degustação de quem entra na loja. Muitas vezes as pessoas não conhecem, por isso não compram”, ele explica. “Feijão, por exemplo, é sempre associado a coisas salgadas, mas na loja tem um doce com recheio de feijão que muitas pessoas torcem o nariz, mas com a degustação elas mudam de opinião”, completa.