Estamos no final de mais um semestre. As crianças entrarão em férias, querem brincar e pedem isso aos pais o tempo todo. É por meio das brincadeiras que a criança aprende valores, muitos dos quais carregará pela vida inteira.
Brincar é um direito infantil que não anda sendo respeitado. Os pais precisam trabalhar para equilibrar o orçamento familiar, a violência urbana não colabora, o espaço está cada vez mais restrito e os amigos escassos. As crianças ficam em casa, coladas na TV, no video game ou computador. Os pais compensam a ausência com brinquedos e bens matérias. Ou matriculam os filhos em tantos cursos que não sobre tempo para brincar!
Qual a solução? Aprenda a brincar e a envolver a criança com atividades simples. Preparar um bolo, um lanche em família ou contar histórias não toma muito tempo, estimula a imaginação e a interação familiar. Se o dinheiro anda curto, há programas culturais gratuitos e parques públicos onde a criança pode se divertir.
Brincar é vital para o desenvolvimento infantil porque estimula o desenvolvimento motor, facilita o aprendizado, sobretudo nas fases iniciais da vida. Brincar também treina para a vida: brincadeira de casinhas, bonecas, carrinhos, a criança imita os gestos do adulto, repetindo experiências que mais tarde lhe serão úteis. Brincar ensina a resolver situações: ora vovozinha, ora lobo mau ou bandido e mocinho. Alternar brincadeiras permite projetar afetos e promover saudável troca de papéis. Além disso, brincar estimula a criatividade, pois quem gosta de brinquedo sofisticado é adulto. Um simples objeto, na mão da criança, pode ser uma festa. Brincar facilita a socialização já que a criança tem a chance de se relacionar com outras crianças, aprender regras e normas.
Acerte no brinquedo
Crianças com até um ano gostam e precisam de estímulos sonoros suaves e coloridos (chocalhos, ou pianos). Aos dois anos, os jogos de encaixe trabalham e desenvolvem a coordenação motora. Aos quatro anos, as simulações estão am alta, como cabaninhas (que podem ser montadas com lençóis). A partir dos sete anos o principal cuidado é frear o uso dos jogos eletrônicos. E que a criança que fica tempo demais na frente do micro ou TV, não é estimulada a formar amizades e ter experiências afetivo-sociais. Então lembre-se que para ser um bom adulto saudável, a criança precisa brincar e ter experiências criativas desde pequena e os pais são os melhores facilitadores desta situação.