Criadora do grupo musical Trovadores Urbanos e de ações que envolvem o afeto, Maída Novaes, é moradora da Lapa.
Paulista de Avaré, Maída Novaes recebeu influência musical dos pais Dr. Paulinho e D. Margarida. “De Avaré tenho boas lembranças. Da casa dos meus pais, dos amigos, do Centro Avareense. E é por lá que vou ficar velhinha!” escreveu em uma recente mensagem de agradecimento pelos votos de feliz aniversário em sua página no Facebook.
Maída é pura alegria. Parece que nunca se aborrece ou fica triste. Foi durante anos jornalista e sempre gostou de cantar com a família, com os irmãos, com os amigos. Em 1990, deixou uma carreira promissora no jornalismo para criar o grupo musical Trovadores Urbanos. Desde então, os Trovadores – como são mais conhecidos – já fizeram milhares de apresentações! São cerca de 400 shows por mês, em média. Maída conta que “as apresentações dos Trovadores sempre são emocionantes, para quem recebe e para nós, trovadores. É uma profissão divertida onde você recebe o abraço e o aplauso mais sincero, seja de uma, duas ou dez pessoas.” Muitas dessas apresentações são surpresas para o/a homenageado/a.
Os Trovadores começaram com quatro integrantes. Além de Maída, o irmão Juca, Valéria Caram e Eduardo Santos, vestidos com roupas que nos remete aos anos 1940. Hoje o formato dos músicos é formado por uma cantora e um instrumentista com a mesma caracterização que combina muito bem com o repertório que executam. Os 40 cantores que integram o grupo musical se apresentam nos mais diversos lugares de São Paulo ou além da cidade. O repertório do grupo musical é bem eclético e cantam modinhas, serestas, chorinhos, mpb e outros gêneros musicais. Composições e sucessos de Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Noel Rosa, Silvio Caldas, Roberto Carlos, Chico Buarque, Adoniram Barbosa, Elis Regina e outros tantos sempre estão nas apresentações dos Trovadores.
Silvio Caldas, o eterno seresteiro tem uma proximidade muito grande com Maída. “Me aproximei dele meio por acaso e tempos depois era a encarregada pela agenda de shows, entrevistas e outros compromissos.” Prova dessa afeição de Maída pelo seresteiro pode ser comprovada no salão de entrada da Casa dos Trovadores. Fotos do cantor e um chão de estrelas prestam uma homenagem ao sucesso “Chão de Estrelas”, um dos maiores sucessos do artista. E sempre inclui em suas apresentações música do repertório dele.
As apresentações dos Trovadores geralmente é composta de oito músicas que podem ser escolhidas pelos contratantes e de acordo com o gosto de quem recebe o show. “Mas entre os mais pedidos estão ‘Carinhoso’, de Pixinguinha e ‘Como é Grande o Meu Amor Por Você’, de Roberto Carlos.”, diz Maída.
Em 1995 Maída criou os Trovadores Mirins, que além de ser “um coral superbacana para crianças, a cada ano se renova e é formado por 40 crianças que gostam de cantar. Minha irmã, Lucila Novaes, maestrina e cantora experiente é quem cuida do grupo que se apresenta em vários eventos.”
Na Casa dos Trovadores, a sede do grupo, acontecem animadas Serestas de Sexta, com tema específico a cada mês, com entrada gratuita e todo mundo que assiste acaba cantando junto com Maída e seu colega de violão. Um evento mais recente são as apresentações da “Música e Meditação no Escuro” que tiveram início em março deste ano. Um convidado especial faz no escuro uma palestra e é acompanhado por um músico. O público acompanha em silêncio a palestra. Este evento tem cobrança de ingresso.
Maída é casada com um jornalista e mãe de dois filhos e mora no Alto da Lapa desde 2008. Segundo ela, “meu quintal é o Parque Villa Lobos onde vou sempre pedalar. Faço muita coisa no bairro. Nado na Ecofit, vou às pizzarias Brascata e Brás, faço compras no Pão de Açúcar da Cerro Corá e no Mercado da Lapa aos sábados, e gosto de ir ao Cozinha da Vilinha na Lapa. E quando perguntada sobre o que a Lapa significa para ela, afirma que “daqui não saio e daqui ninguém me tira”, diz Maída com afeto. (GA)
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