Saudáveis, ricos em proteínas e de fácil digestão, os pescados estão sendo mais consumidos pelos brasileiros.
A história de Silvio Katsuragi, dono de uma peixaria no Mercado da Lapa, com os peixes vem de longe. Seus pais sempre trabalharam em peixaria e, quando casaram, passaram essa tradição aos filhos. “Eu comecei pequeno a trabalhar com meu pai na peixaria dele. E não parei mais”, conta.
Sua experiência no assunto o levou a participar mensalmente de um quadro de gastronomia no programa Revista da Cidade, na TV Gazeta, onde, além de apresentar um pescado, ensina a fazer receitas deliciosas.
Os peixes, de mar ou de água doce, têm os de escama e os de pele ou de couro. A dica que ele dá para comprar pescados é usar os sentidos: visão, olfato, tato e depois, o paladar. Segundo ele, hoje, não há diferença no sabor entre o peixe fresco e o congelado, com as modernas técnicas de congelamento. “Talvez um pouco na textura e na coloração”.
Ele lembra que vários tipos de peixes têm nomes diferentes dependendo da região. A alimentação do peixe reflete no seu sabor. Há os que se alimentam de restos e vivem no fundo dos rios e mares, como os cascudos e bagres. E os que se alimentam de outros peixes, como o atum a e anchova.A sardinha é “o peixe mais nutritivo que temos. Hoje, a oferta é maior e o preço está melhor”, salienta. Conta que era o peixe preferido pelo imperador Napoleão Bonaparte, foi o primeiro alimento a ser enlatado e fazia parte da dieta do exército do francês.
O tempero é decisivo no sabor do peixe. O limão, por sua acidez, deve ser usado com parcimônia, para não “esconder” o sabor do peixe. “Recomendo nos peixes de couro e de água doce. E também na tainha, que tem uma boa quantidade de gordura, que não é prejudicial à saúde”. O mesmo acontece com o maracujá, vinagres e outros temperos.
Na conservação em casa, recomenda que seja consumido em um ou dois dias. Para evitar o cheiro excessivo, temperar o pescado assim que possível.