Dança indiana: beleza milenar

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Movimentos definidos e estruturados

Desde a pré-história, o homem dança! Primeiro batendo os pés nos chão, depois descobrindo os ritmos e aí ele não parou mais. A dança indiana é uma das mais antigas do mundo e, se você pensa que ela é o que aparece no final do filme “Quem quer ser um Milionário”, ou que aparecia na novela “Caminhos das Índias”, está enganado. A dança clássica indiana é bem diferente dessa coreografia ‘made in Bollywood’, a Hollywood indiana.
Andrea Prior começou no balé ainda menina e hoje é dançarina, coreógrafa e atriz. Sua escola de dança, o Espaço Rasa, ensina a dança indiana clássica: “É uma dança complexa, possível de comparar com o nosso balé clássico. Ela tem uma estrutura de movimentos muito definidos e é um estudo de dança, teatro e música ao mesmo tempo”, diz ela. Aos 16 anos, ela assistiu uma apresentação de dança indiana e ficou encantada com as mãos, os olhos, e esse aspecto teatral, mas só aos 22 anos ela achou uma professora aqui no Brasil e a partir daí se dedicou de corpo e alma. Desde 1997 ela viaja para a Índia para se aperfeiçoar e aprender com os mestres de lá.
O bom da dança indiana é que você pode começar em qualquer idade: “Como ela também envolve interpretação, quanto mais bagagem melhor”, avisa Andrea. As mulheres mais cheinhas também têm vez: “Danças de raiz não têm preocupação com modelos estéticos”, ela explica.
O perfil de quem procura é bem variado, mas normalmente é alguém que tomou contato com ela e que se interessa por filosofia. “A novela do ano passado ajudou, porém, eu dou o curso de dança indiana clássica. As danças mais modernas, como a do filme, são um fenômeno pop. Nossas danças são milenares, profundamente ligadas à filosofia, cultura e religião”, diz ela.
Odissi e Kathak são os dois tipos de danças ensinadas no espaço, cada uma com um repertório imenso de gestos, figurinos e diferenças regionais. As aulas são práticas e teóricas, porque ela explica cada gesto, e podem ser feitas duas ou três vezes por semana, com 1h15 para iniciantes e 1h30 para as mais avançadas. Algumas aulas têm música ao vivo, com um percussionista. O espaço também oferece dança indiana para crianças, danças brasileiras, danças dos orixás, dança materna (para mães e filhos juntos), além de pilates, kempo indiano, yoga e danças árabes.

Espaço Rasa
Avenida Heitor Penteado, 220,
estúdio 16, Sumarezinho
Telefones 3868-2612 e 9919-7311
www.espaçorasa.art.br

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