Você sabia que dia 2 de julho é o Dia do Bombeiro Brasileiro? A data ficou marcada porque D. Pedro II assinou a regulamentação do serviço de extinção de incêndio – e surgia o Corpo de Bombeiros da Corte, no Rio de Janeiro. Na época, o sinal de incêndio era dado por sinos e as pessoas próximas ao local do fogo corriam com baldes de água. De lá pra cá, muita coisa mudou: os incêndios ficaram mais assustadores e os bombeiros se tornaram heróis da sociedade, enfrentando até com sua própria vida o combate às chamas, atendendo vítimas de enchentes, resgate de acidentes de trânsito e outros tipos de ocorrências.
Aqui na Lapa os bombeiros estão há 50 anos, completados dia 21 de abril, no mesmo local, na Rua Martim Tenório – cujo pequeno lago com carpas é uma atração à parte na frente do prédio.
Hoje, o posto da Lapa atende mais aos acidentes de trânsito, principalmente os que envolvem moto, segundo a comandante interina 1ª Tenente PM Kelly Fernanda e Silva Kawamura. “De cada seis ocorrências, quatro são acidentes envolvendo motos, para uma de incêndio e uma de salvamento. Isso num dia de trabalho”. Ela coordena 35 homens e 2 mulheres. Nas viaturas de resgate e de salvamento vão três bombeiros em cada uma, e as duas motos, que dão o pré-atendimento das vítimas.
O posto da Lapa cresceu com o bairro e muita gente que passava ali quando criança, hoje traz os filhos para ver os peixes e tirar fotos. Caso do Bombeiro Wilton, cujo pai também foi bombeiro. “O convívio com as pessoas é muito bacana, bem forte”, reforça a comandante.
O maior número de chamadas na região é de gente presa no elevador. “Mas incêndios mesmo são poucos”, diz Kelly, revelando que, depois de um dia duro de trabalho, a família é vista como o maior apoio.
O 2º Sargento Adilson Amadieu, comandante de prontidão, trabalha a 12 anos no posto da Lapa, e lembra a situação mais comovente que viveu: uma criança engasgada, recém-nascida, dada como morta. Os bombeiros fecharam o Viaduto da Lapa para o helicóptero descer e a criança foi salva.