Fumar: mais do que um vício

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A Organização Mundial de Saúde calcula que um terço da população mundial adulta – perto de 1 bilhão e 200 milhões de pessoas – sejam fumantes, incluindo aí 200 milhões de mulheres. A mesma organização calcula que 10 milhões de pessoas morram por ano por causa do tabaco. No Brasil esse número chega a 200 mil por ano. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o fumo é o principal causador de mais de 50 tipos de doenças.
Diante de números tão alarmantes várias medidas estão sendo tomadas já há algum tempo. Em São Paulo, desde 1980 é proibido fumar em estabelecimentos públicos fechados. Anúncios de cigarro também foram vetados na televisão. Mesmo assim, pesquisas indicam que os fumantes iniciam o vício antes dos 19 anos.
Atentas e preocupadas com esse movimento antitabaco, as psicólogas Célia Regina Rizzi Veri e Maria Isabel Carvalho de Barros desenvolveram um método para pessoas que desejam parar de fumar. “Através da mente inconsciente, chegamos a um ponto na parte cerebral que está um trauma ou um ponto onde aconteceu a vontade de fumar”, diz Célia Regina. Elas tratam o vício como uma doença e dizem que há pesquisadores investigando se tem uma causa genética. “Existem pessoas que tem predisposição maior por esse tipo de droga e de não conseguir parar”, explica Maria Isabel.
“Nós desprogramamos a pessoa, sem varinha mágica. É preciso que a pessoa decida não fumar mais. A transformação não vem porque ela quer, mas sim porque ela decidiu”, explica. Tomada a decisão, as duas psicólogas usam sua técnica para levar a pessoa até o objetivo final.
As mulheres, principalmente, têm medo de parar de fumar porque isso engorda, mas são elas que mais procuram ajuda para deixar o vício. Os motivos são saúde, pressão da sociedade, ou porque têm filhos pequenos. Até os animais da casa são prejudicados pelo cigarro.
O tratamento não é longo: em quatro sessões elas já costumam ter resultados. Se aparecer outro problema durante o tratamento, elas trabalham este outro trauma.

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