Uma dor de cabeça costuma tirar qualquer um do sério, mas uma enxaqueca derruba mesmo. Se você sofre desse problema, sabe que ficar fechado num quarto escuro, sem vontade de falar com alguém, não é frescura. A coisa é séria, sim. Mas por que as pessoas têm tanta enxaqueca? Quem responde é Priscila Pironti Cierro, fisioterapeuta formada há seis anos, que há dois desenvolve um trabalho específico para quem tem o problema. “De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), são 25 milhões de brasileiros sofrendo com dor de cabeça”, diz ela. “As causas são variadas: sedentarismo, má alimentação, estresse, além de má postura”. O ideal é mudar hábitos alimentares, fazer exercícios físicos, como ela indica, “principalmente na escola, no computador. Quem tem a dor, faz qualquer coisa para melhorar”.
Priscila trabalha com RPG, Pilates e sabe que o exercício físico é o que melhora 100% as dores, “mais até que o medicamento, que você toma, a dor passa, mas depois volta”. Ela explica: “Meu trabalho é verificar a maior região de dor e fazer uma avaliação. Geralmente as pessoas têm muita dor cervical e na região dos ombros”. Seu trabalho é fazer uma dígito pressão, ou seja, uma pressão com os dedos na região ao lado das articulações de onde saem as raízes nervosas, para diminuir a tensão. “Fico apertando essa região, por isso não é massagem”, ela diz. Um trabalho de fortalecimento e alongamento muscular para estabilizar a região do pescoço e os músculos que o envolvem. “Porque fortalecendo você estabiliza a região cervical e com certeza tem diminuição de dor”, afirma.
Recomendações
O número de sessões varia. Embora metade dos pacientes de Priscila saiam sem dor na primeira sessão, esse é um trabalho a médio prazo – de quatro a seis meses. É importante também fazer em casa os exercícios que ela recomenda, cinco minutos por dia.
Interessante observar que pessoas ranzinzas, depressivas, intransigentes, mais fechadas, são mais propensas à dor. Os homens têm muita enxaqueca por causa de tensão e estresse, já as mulheres somam a isso a TPM e as alterações hormonais. Para ambos, o ideal é mudar os hábitos diários, sejam de posturas ou de alimentação, e fazer uma atividade física.