“Venha fazer novos amigos”

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Com esse lema, o Buffet Yano promove mais uma atividade na sua casa: o Almoço com Amelinha.

“Não é espetáculo para ter plateia. Não quero ver ninguém sentado”, ordena o professor de dança, Marcos Willian. Sobe o som do forró. Algumas pessoas chegam voluntariamente, outras são “tragadas” da cadeira. Forma-se a roda e os participantes dão-se as mãos. “A dança exercita a mente, o espírito e a generosidade: isso é arte. Começar a segurar a mão do outro: isso é saudável”, berra Marcos. É o primeiro dia do Almoço com Amelinha, a mais nova atividade do Buffet Yano. Toda segunda quinta-feira de cada mês, enquanto alguns comem − o almoço começa às 11h30 −, o professor de dança prepara a caixa de som. Às 13h30 inicia a aula de dança que tem duração de uma hora. “Vai ter mais música nacional, de forró ao samba-rock. Acho o samba de gafieira o mais fácil de pegar, mas o mais difícil de se emancipar e se divertir. A minha expectativa é que jovens e idosos participem”, diz Marcos.O projeto tem tudo para dar certo, porque o baile noturno do Yano já é conhecido: acontece na terceira sexta-feira de cada mês, das 21 às 2h, com música ao vivo. Com a “matinê”, surge mais uma opção. “Tem muita gente da terceira idade que pedia para eu fazer um baile mais cedo porque ela pode ir embora sozinha, sem precisar de gente para trazer ou buscar”, conta Amélia Yano. No primeiro dia de aula, o casal Masashi e Yassuko Tajeuti, de 77 e 75 anos, respectivamente, só ficou para o almoço. Mas os dois são frequentadores das festas noturnas e prometem que vão fazer bonito nos encontros vespertinos. “Nós fizemos aula com Jaime Aroucha. Por aí você vê o que nós dançamos”, ri Masashi. Para ele, a dança diverte, traz a companhia de pessoas e é bom para a saúde. Na visão dele, o horário da tarde é mais seguro para gente da sua idade. “A noite de São Paulo é perigosa. Esse horário da tarde é ótimo”.
Celina Yano, uma das filhas de dona Amelinha, diz que um dos objetivos do projeto é entreter e resgatar a ginástica laboral. 

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