Antes que a relação dance

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Sérgio e Karla no estúdio

Sérgio Rodrigues é formado em Educação Física, fez curso de pedagogia Waldorf, é terapeuta e trabalha com dança há vinte e dois anos. “Construí um currículo de dança e durante 21 anos dei aulas em colégios, mas nunca tive uma parceira de dança de salão“. O professor se juntava às alunas que tinham mais jeito com a arte, porém, lhes faltavam técnicas que pudessem dar continuidade ao seu trabalho.
Karla Jacobina é formada em Direito com especialização em Psicologia Transpessoal, escritora e professora de Dança de Salão e Dança Cigana e terapeuta na área de dança. “O que foi determinante no nosso encontro foi uma afinidade ideológica, porque não vemos a arte só como entretenimento”.
Se for verdade que o universo conspira em favor de boas causas, Sérgio e Karla são exemplos dessa teoria, pois o encontro dos dois foi casual. Nas palavras do professor, assim que viu Karla, perguntou se ela dançava e, a resposta afirmativa o levou a decidir na hora: “Você vai ser a minha companheira na dança de salão”. Da parceria consolidada, nasceu a EMBAILE, um espaço onde se trabalha o desenvolvimento humano usando a linguagem artística.
Um tempo mais tarde, Tânia Houck, psicóloga que defendeu o trabalho de conclusão de curso com o foco nos dependentes químicos, se juntou a dupla e a partir daí, começaram a utilizar a dança no tratamento das questões de relacionamento, convivência, liderança entre outras questões cotidianas. A EMBAILE recebe casos de profissionais que sugerem a dança como terapia para o público dependente e portadores de HIV.
“O primeiro caso foi de uma dependente de morfina e a família estava desestruturada, o filho agredia a mãe, e outros problemas. Começamos a fazer um trabalho de dança de salão com a família. Em certos momentos, o filho conduzia a mãe (na dança) e isso despertava a noção de respeito fazendo-o  refletir sobre o que significa conduzir algo”, explicou Karla.
Saúde emocional, relacionamento e liderança são aspectos valorizados  sobretudo nos meios empresariais onde a convivência muitas vezes ultrapassa a 8 horas diárias, define Sérgio.

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