O Brasil na neve

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O Brasil na neve

Para o personagem desse mês, o Guia Daqui Lapa destaca o trabalho da atleta paulistana nascida no Alto da Lapa Nathali Oliani, 25 anos, que representa o Brasil na categoria de snowboard, esporte radical praticado sobre uma prancha em superfícies de neve. De volta ao país há dois meses, a jovem esportista contou que passou por momentos complicados nos últimos anos, com cirurgias no joelho e um período de treinamento nos Estados Unidos que a ajudaram muito na recuperação.
Atleta profissional desde 2007, a jovem representa o país sob a coordenação da CBDN – Confederação Brasileira de Desportos na Neve, mas antes desse apoio, em 2006, Nathali ganhou os títulos de Campeã Brasileira Open nas modalidades Slalom, Snowboard Cross e Slope Style.
Assumidamente apaixonada por esportes de prancha desde a sua infância, depois de uma experiência com esquis, aos nove anos, Nathali descobriu ainda na adolescência que tinha uma forte habilidade para descer as superfícies geladas das encostas das montanhas.
Sobre a dificuldade de seguir carreira no esporte no Brasil, a atleta diz que não é exatamente uma tarefa fácil, “principalmente através de um esporte que não é muito reconhecido, mas estamos conquistando mais espaço e a cada ano temos melhorado bastante. Existem dificuldades e as decepções, como na maioria dos esportes, mas é aí que você tem que ser forte e saber o que quer para então seguir em frente e não desistir da grande paixão”, observa Nathali.
Fora das ribanceiras geladas, a atleta se dedica à medicina, curso que concluiu em 2010, e quando está pela cidade, trabalha em um hospital em companhia do preparador físico que, segundo ela, imprime um trabalho de força física e treinamento funcional completo. Vale observar que para praticar bem o esporte, além da força, o equilíbrio é fundamental para o sucesso durante as provas.
Para esse ano, a atleta diz que vai se dedicar para uma preparação física intensa com longos períodos na neve, onde o treinamento é mais eficaz, principalmente nos saltos que é o que mais faz a cabeça da atleta. As Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016 também estão nos planos, “mas sem perder o foco para as competições que acontecerão antes disso”, define.

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