Nossa homenagem ao garçom

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É gostoso chegar a um bar ou restaurante e ser bem atendido, não? Dia 11 de agosto é o Dia do Garçom e ele é o cartão de visita da casa, atendendo com simpatia e presteza os pedidos da clientela. O Guia Daqui Lapa-Leopoldina presta uma homenagem a todos eles na figura de três homens conhecidos e destacados da região. Veja a seguir por que destacamos cada um deles nessa profissão.

Antonio Stucchi, do Brasiliani

Aos 89 anos, completados em junho, ele pensa em parar quando completar 92 anos. É garçom desde 1952 e trabalhou em vários estabelecimentos pela cidade, sempre por muito tempo, em bairros como Santana, Itaim, Brooklin e agora na Lapa. “Trabalho porque gosto, não consigo pensar em parar”, diz ele, que mora no Tremembé e pega três conduções para chegar ao trabalho, lá pelas 9 da manhã. “Sempre gostei da profissão, abracei-a com amor. Gostei dela, namorei com ela, casei e estou com ela até hoje”, diverte-se ele. “As pessoas são super educadas comigo, me divirto com os clientes”, brinca. Há quatro anos ele está no Brasiliani, cujo dono ele conheceu trabalhando num clube: “Comecei aqui no dia 23 de dezembro de 2003 e fico aqui até quando eles quiserem”, diz Antonio, que está de terça a domingo no restaurante na hora do almoço, atendendo com satisfação e felicidade.
Brasiliani. Rua Marco Aurélio, 102. Telefone 3875-3915

Angel Bou Carrascosa, da Família Lucco

Corintiano roxo e muito risonho, o Ângelo, como é conhecido, faz 82 anos em setembro e adora brincar com os clientes. Foi garçom na Espanha, seu país de nascimento, já aos 17 anos, e continuou exercendo a profissão pelos países que passou, como França, Alemanha, Áustria, Itália. Chegou ao Brasil em 1953, a passeio, mas casou e ficou por aqui. Trabalhou em outros lugares, mas há 27 anos trabalha nessa pizzaria, que ele viu abrir na Rua Coriolano. Atualmente ele mora na Barra Funda e trabalha somente às sextas e sábados, com o privilégio de usar um uniforme diferenciado – com o brasão do Corinthians. Sempre brincalhão, ele garante que, se entrar algum torcedor com a camisa do Palmeiras, como todo bom italiano que gosta de pizza, ele manda pra outro garçom: “Se não for corintiano, eu mando lá pras mesas do lado de fora, e quanto mais frio melhor”, diverte-se ele.
Família Lucco. Rua Pio XI, 240. Telefone 3641-3226

Willians Antonio Leite, do Valadares

Assim que chegou de Minas, de uma cidade próxima à Itabira, o jovem de 17 anos Willians começou a trabalhar como garçom no Valadares, e hoje, 30 anos depois, ele continua lá, cheio de energia para atender o pessoal que chega para o happy hour. Ele já viu muita coisa acontecer ali, mas, reservado como todo bom mineiro, conta poucas histórias. “Uma vez chegou um cara aqui e pediu três copos de cuba-libre. Até pensei que tivesse mais alguém com ele, ou fosse chegar logo, ou estivesse no banheiro, até fui lá pra ver, mas não, ele estava sozinho”, conta ele. Ele acha que a educação das pessoas piorou muito, principalmente da rapaziada mais nova, mas, experiente, nessas horas ele “costuma ficar na minha”, como conta ele. As gorjetas também diminuíram muito, “o povo tem menos dinheiro agora”. De segunda a sábado ele está lá, atendendo famosos e clientes habituais que freqüentam a casa.
Valadares. Rua Faustolo, 463. Telefone 3862-6167

O garçom
O termo vem do francês “garçon” (menino) e é aquele profissional que já faz parte da cultura popular, servindo às mesas. Para os proprietários, ora são considerados parceiros, ora inimigos, mas sem eles, nenhum bar ou restaurante resiste. É uma das maneiras que muitos encontram de entrar no mercado de trabalho. Hoje, estão mais bem preparados, graças aos cursos existentes. Foram homenagedos pelo cantor Reginaldo Rossi, com a música “Garçom” um sucesso nacional: “Garçom! Aqui! Nessa mesa de bar…”.

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