…dirigem mal, não sabem negociar. Mas quem ainda pensa assim não está por dentro de estatísticas e pesquisas. Os números atestam exatamente o contrário e as seguradoras perceberam que investir no potencial das mulheres é um bom negócio – todos os entrevistados têm 40% de mulheres como seguradas.
Ana Lúcia Ribeiro, da Tieso Corretora, afirma que os valores de seguros ligados às mulheres são bem menores. “Elas se envolvem em colisões com menor custo de reparo porque costumam dirigir em baixa velocidade e não se arriscam”, diz.
As mulheres também são mais atentas a qualquer ruído estranho e costumam andar em dia com a manutenção do carro. Ana acrescenta: “mulher casada e com filhos menores de 18 anos ainda levam mais vantagens”. A direção responsável fica evidente e o cuidado de não se expor a riscos é dobrado. A média de redução de custo do seguro desse perfil de mulheres vai de 20% até 35%.
É curioso também reparar em outra mudança: hoje são as mulheres que ligam para procurar o seguro, seja ele de carro, de residência ou de vida. Para Luiz Favoretto, da Favoretto Corretora de Seguros, “é interessante dizer que elas são bem mais detalhistas na contratação de um seguro. Os homens ficam sempre no básico. Quando faço seguro residencial, é a esposa que liga para saber dos detalhes, o marido só faz o pagamento”.
Jorge Gebran, da Galles Corretora, acredita que as mulheres são mais realistas, por isso se previnem mais. Além de seguros de automóveis, ele foca seu trabalho nos seguros pessoais: de vida, planos de saúde, previdência, odontológico e mulher. “Os seguros ou planos de saúde são os mais procurados pelas mulheres”, diz. O seguro mulher também é requisitado principalmente por mulheres com histórico de câncer na família. “Quando mostro as estatísticas de câncer de mama e útero – a cada 17 minutos é diagnosticado um câncer de mama –, as mulheres se interessam muito. Tanto que os três últimos que eu ofereci, eu vendi”, afirma Jorge.
