Dificuldades escolares… será o emocional?

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A criança está com dificuldades escolares? Como saber se estas dificuldades têm origem emocional?
Inicialmente é preciso que se faça uma distinção entre dificuldades escolares e transtornos de aprendizagem. Basicamente existem três tipos de transtornos de aprendizagem: Transtorno da Leitura (dislexia); Transtorno da Matemática (discalculia) e Transtorno da Expressão Escrita. Cada um tem suas particularidades e, uma vez diagnosticado, a criança deve ter um encaminhamento específico e adequado.
Feita esta primeira distinção, outros aspectos precisam ser observados: falta de oportunidade de aprender, descontinuidades educacionais resultantes de mudanças de escola, traumatismos ou doença cerebral adquirida, comprometimento na inteligência global, comprometimentos visuais ou auditivos não corrigidos, depressão infantil, baixa auto-estima em função dos fracassos, problemas familiares, entre outros.
É essencial o trabalho conjunto da escola, dos profissionais de saúde e da família. É importante que a família saiba identificar os problemas e buscar orientação adequada para ajudar a criança a vencer as dificuldades. Contudo, se o diagnóstico não for realizado precocemente podem ocorrer problemas graves no futuro, como dificuldades no convívio social, baixa auto-estima com conseqüentes entraves à profissionalização.
Na adolescência outros fatores merecem maior atenção. O adolescente é um ser que se procura e se experimenta. Isso faz com que, nesta fase da vida, ele se defronte com duas tarefas básicas: consolidar sua identidade, ou seja, diferenciar-se dos pais e de outros adultos e construir o seu projeto de vida. Crescer é também se ajustar de modo pessoal aos desafios. Falhas nestes processos podem levar o jovem a procurar alternativas para descarregar seu fracasso através das drogas, da rebeldia, da revolta, gravidez, distúrbios alimentares e até mesmo da depressão.
Em sua trajetória de vida o adolescente se depara com muitos tropeços que podem afetar o emocional e que, por sua vez, afetam a vida pessoal e social, como também o rendimento escolar.
A vida tem altos e baixos, idas e vindas. Podemos nos auto-realizar e, por força de outras circunstâncias, termos queda de auto-estima. Muitas vezes estas questões interferem na rotina da criança, do jovem ou da família e, neste momento, a orientação profissional se torna importante, na resolução dos conflitos e desagravos que a vida apresenta.

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